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O Caderno - Toquinho

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

De volta

Tem um bom tempo que eu não escrevo nada aqui no blog. Põe tempo nisso. Daí resolvi voltaras atividades como havia prometido.

Essa primeira postagem é só pra dizer que estamos voltando. Não irei escrever nada demais. Então é isso. Boa semana a todos e espero ter coisas interessantes pra poder falar aqui.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Como construir um blog

Ahh sim como estava falando no Post anterior sobre a dificuldade inicial em criar um blog, achei esse videozinho que pode ajudar.

sábado, 25 de julho de 2009

É estamos no fim


Síntese conclusiva e avaliação do processo de produção do portfólio


Bem eu to extremamente atrasado com esse negócio aqui. Deveria ter feito anteriormente essa síntese conclusiva , entretanto , por motivos que eu não estarei postando acabei me atrasando. Nossa até rimou essa.

Mas vamos lá.

A estrutura avaliativa montada pelo professor ivanildo, a principio, acabou causando um espanto nos alunos. Espanto é pouco. A galera ficou em um “cagasso só” inclusive este que vos escreve. Uma proposta de um blog era uma coisa muito nova pra maioria das pessoas. Posso até arriscar dizer que para todas elas.

Inicialmente eu tive uma série de dificuldades, mas depois fui pegando o jeito e confesso que até gostei da idéia. Tanto é verdade que continuarei com esse meu blog. Claro, pretendo dar uma cara mais sínica pra ele, e aproveitar pra falar de outras coisas que não sejam só os textos da faculdade. Até porque eu já to terminando e não terei mais tantos textos assim. Mas isso é um assunto pra uma outra postagem.

A dificuldade maior era em usar uma ferramenta que não estava habituado. E todos nós sabemos que aquilo que nos é desconhecido, acaba causando temor. Daí o medo em cultivar o monstrinho.

Depois dos medos superados chegou a hora de começar a utilizar dessa maravilhosa ferramenta que é a internet. Fuçando aqui e ali tomando uma coça aqui outra acolá nós fomos desvendando uma série de cosias legais pra ir incrementando o danado, e não é que ele foi ficando com uma carinha melhor. Melhor ainda foi quando as postagens sobre os textos foram ficando mais densas e elogiadas pelo professor. Nossa , bate um orgulho no peito e um sentimento de que estamos no caminho certo.

Os textos foram muito bacanas, e todos de alguma forma contribuíram para melhoria de meu entendimento sobre a educação, em especial a parte tratada que foi a de alfabetização. Um dos textos que mais me chamou a atenção foi o de Emília Ferreiro. Alfabetização em processo. Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem. Este em especial me deixou com uma pulga atrás da orelha e me deu uma certa dor de cabeça não pra entende-lo, mas para visualizar na prática, já que eu ainda não atuo em sala.

Eu me amarro nas tirinhas do Calvin. Na verdade eu gosto muito da linguagem dos quadrinhos e eu não pude controlar a vontade de utilizá-las em algumas postagens. Mas tive dificuldades com os vídeos encontrados na internet. Felizmente as aulas me ajudavam a captar e entender melhor os textos e na hora de escrever sobre eles, a ausência de outras formas midiáticas meio que não prejudicou as postagens. Bem pelo menos não li nenhuma reclamação. =)

Por fim, posso dizer que foi uma experiência bem diferente do que estou acostumado. Foi legal ter aprendido algumas coisas novas. Também acho que devo também meio que avaliar o desenvolvimento deste projeto. Fiz um trabalho que poderia ser melhor admito, mas acredito que não compromete o conteúdo já postado aqui.


A gente se vê, alias... você lê uma postagem em breve. Até!

terça-feira, 14 de julho de 2009


O texto a seguir tem como base uma coisinha que li na disciplina. Ele é de Emília Ferreiro. Alfabetização em processo. Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.

Não foi tão POBREMÁTICO assim escreve-lo, mas confesso que fiquei com uns nós na minha cabeça em algumas partes... Acho que essas eu acabei omitindo por falta de maior consistência e vontade de escrever sobre. Segue o danado ai, dá uma olhada. Pode criticar, falar mal ou qualquer outras coisa, mas lê e deixa um comentariozinho vai.

Inicialmente podemos afirmar que a autora usa as teorias epistemológicas de Piaget para o desenvolvimento de seu trabalho. Ela mesma afirma o uso de tais descobertas. Inicialmente a criança tende a construir distintas maneiras de interpretar as coisas a sua volta e pensa de maneira própria para solucionar os “problemas”. Os adultos por terem suas idéias prontas, tendem a exigir que as crianças também solucionem as atividades propostas da mesma maneira que eles imaginaram. Contudo, deve-se pensar que as soluções encontradas pelas crianças são também parte da construção de seus conhecimentos sobre oralidade e escrita.

O desenvolvimento da escrita segue uma determinada ordem. Temos os vários modos de representação sem correspondencia entre a escrita e o som; logo após estas acontecem as representações silábicas (com ou sem valor sonoro convencional); e por fim, temos os modos de representação silábico-alfabetico que aparecem regularmente antes da escrita.

Inicialmente no processo de alfabetização são usadas diferentes práticas, baseadas na união de sílabas, memorização, cópia etc. Para a autora a leitura e a escrita são sistemas que as crianças criam passo a passo e a alfabetização vem a ser um processo diferente para cada individuo a partir de como ele é estimulado. É como Piaget já afirmava em seus estudos, ela (a alfabetização) é uma constante reconstrução feita pela individuo. As crianças tendem a reinventar a escrita, mas antes disso, é necessário que se apropriem do processo de construção.

Quando falamos de leitura e escrita devemos levar em consideração que algumas palavras tanto na escrita (grafia) quanto o fonema (som) causam dificuldades nas crianças. O professor lembrou muito bem as letras K e C na palavra casa, a uma criança que está sendo alfabetizada. Outro exemplo de possível confusão entre os pequenos é entre números e letras. Exemplo disso seriam a letra b e o numero 6, a criança os confunde facilmente, pois não diferencia muito bem ainda letras de números, não relacionando escrita com à fala. Para isso, é importante uma base de esquemas interpretativos pois o processo de leitura implica em informações visuais e não visuais, já que aqui estamos trabalhando com grafia e fonética . Ler é um processo de coordenar as informações ali contidas naqueles símbolos cuja finalidade é obter um determinado significado, e para isso a criança deve se apropriar destas habilidades.

Bem é isso. “Por hoje é só pe..pe..pessoal!”


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Atividade conversacional

Este texto que esta ai foi escrito em conjunto com uma amiga da faculdade. Foi muito bacana de se fazer, não nos conheciamos muito bem e tivemos de deixar nossas diferenças de lado pra poder fazer esse trabalho. Falando assim atá parece que tivemos vários problemas ao longo do texto mas nem foi assim, foi tudo muito tranquilo. Muito bacana, recomendo.
FÁVERO, Leonor L. ANDRADE, Maria Lúcia C.V. AQUINO, Zilda G.O. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. 6 Ed., São Paulo: Cortez, 2007.
Segue abaixo o danado crescido e já criado.
Historicamente a escrita sempre teve maior visibilidade dentro dos contextos sociais do que a língua falada (oralidade). Este preconceito passa a ser amenizado a partir de estudos feitos no fim da década de 70 destacando o estudo da conversação. A atividade conversacional necessita de um locutor e um receptor interagindo, pois a partir disto temos a organização do discurso. Tais interlocutores intercalam suas frases em turnos, ou seja, aguardam o momento "específico" para a expressão de cada participante podendo haver interrupções, pausas, hesitações etc. Dentro desta perspectiva podemos destacar encontros simétricos e assimétricos. Um encontro simétrico seria a participação de todos os participantes tendo o mesmo direito de fala ou escolha do assunto a ser debatido. No encontro assimétrico, ocorreria um privilégio a um interlocutor que além de escolher o assunto também poderá direcioná-lo ou encerrá-lo, o que não significa que outras pessoas possam intervir na conversa. Além disso, vale ressaltar que a conversação - seja ela face a face, via telefone, internet - possui um caráter interativo e socializador entre os participantes, inferindo sobre determinado assunto. A coesão e coerência deve ser fator básico na construção textual e oral, pois organiza e dá sequência ao texto. Ventola (1979) propõe uma organização de atividade conversacional, valorizando conversas espontâneas seguindo determinadas variáveis. Seriam elas:

- Tópico ou assunto: são responsáveis por manter o canal de comunicação entre os participantes do dialogo, cuidando da manutenção das relações sociais.

- Situação: seria o contexto ou o momento da conversação, ela mantém o canal de comunicação entre os participantes do diálogo. A situação pode vir a modificar a conversação, já que os participantes precisam estar atentos a atitudes verbais e não verbais.

- Os papéis sociais: é a função que o falante exerce na conversa. São os posicionamentos de acordo com a situação vivida. Em uma sala de aula, por exemplo, você irá usar termos diferentes de uma conversa de bar. Os papéis se alteram conforme os turnos deixando claro o utilização da fala de cada interlocutor, ou seja, a fala pode expressar domínio, autoritarismo, democracia etc.

- O modo do discurso: seria a formalidade ou a informalidade usada de acordo com a intenção da apresentação do discurso. Ex: Conversa entre amigos, reuniões de família seriam conversas informais, diferente de uma entrevista de emprego, onde usamos uma serie de formalidades no discurso.

- O meio: seria a forma como a comunicação é transmitida. Bilhetes, e-mails, telefonemas são exemplos de diferentes meios (canais) de comunicação.

Já para Dittman (1979) é preciso que existam pelo menos dois falantes interagindo para que exista um texto falado (interação ou socialização entre os participantes, o que não implica que discordâncias ocorram). A troca continua de falantes também é necessária, pois só assim existirá dialogo (a troca de turnos entre os interlocutores possibilita, consequentemente, uma troca de idéias); a sequência de ações coordenadas (comunicação em si, onde cada fala complementaria o diálogo mantendo uma coerência) assim como um determinado tempo na fala para que as idéias sejam absorvidas pelo outro e logo após exista resposta; e por último, o envolvimento numa interação centrada (o que seria o foco assunto). O texto falado tem uma organização de idéias muito parecidas com o texto escrito. A estrutura da conversação se organiza em níveis global e local. A conversação local se organiza por turnos, onde um falante faz seu diálogo. Os interlocutores se alternam e desenvolvem suas falas em seqüência podendo haver hesitação, interrupção, sobreposição, etc. Os turnos têm uma relação de continuidade, próxima de falas dos interlocutores, onde o primeiro apresenta uma situação para que o outro possa ocorrer, ou seja, uma pergunta e em seguida uma resposta.
Ex. C1: Vamos brincar?
C2: Vamos! De que?
C1: De amareli...
C2: Há não! Amarelinha não. Vamos brincar de boneca.

Já a global ao mesmo tempo em que a organização da conversação ocorre, ela é conduzida a uma organização global do tópico do discurso, podendo ampliar os turnos gerando desvios de assunto (digressão).
Ex. C1: Eu estou muito feliz.
C2: Por quê?
C1: Vou ao circo hoje com meus pais.
C2: É. Eu também já fui lá... Tem palhaço, elefante, leão...
C1: Por falar em leão, você já foi também ao zoológico?
C2: Não. Não me lembro.
C1: Qualquer dia que eu for lá de novo eu te levo.
C2: Mas, lá no circo que

O texto falado, bem como o texto escrito, necessita de alguns fatores para constituir a textualidade: a coesão e a coerência. Segundo as autoras Fávero, Andrade e Aquino (2007) no texto conversacional a análise dos elementos de coesão deve ser feita de forma específica. Os recursos coesivos mais freqüentes são a coesão referencial, recorrencial ou seqüencial.

- Coesão referencial: é a repetição de uma mesma palavra, seja se referindo a algo ou alguém para que não exista repetições. Essa repetição ajuda a organização tópica.
Ex: “Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores”. “Tinha uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pedra”.

- Coesão recorrencial: há a presença da paráfrase (desenvolvimento do texto sem alteração da idéia original para se obter acepção, sentido).
Ex: “ O Brasil. É bonito. É bonito. É bonito.”

- Coesão seqüencial: há uma conexão que possibilita uma sequência dentro de uma conversa entre interlocutores com conhecimento prévio do assunto abordado, mesmo em poucas palavras entre os interlocutores nos turnos.
Ex: Daniel: Ontem nós fomos jantar?
Rosa: E....
Daniel: E.... foi muito bom. Ela é muito bacana.
Rosa: Vocês estão?
Daniel: Não, nada a ver somos só amigos.

As autoras apontam quatro elementos básicos que contribuem para a estruturação do texto falado. São eles: o turno, o tópico discursivo, os marcadores conversacionais e o par adjacente.

O turno seria a produção de um falante na conversação. Ocorre alternância dos interlocutores expressando suas idéias, um fala e o outro escuta, porém às vezes pode haver possibilidade de silencio. Qualquer intervenção de um falante pode-se considerar um turno.
Ex: C1: Olá, como você esta?
C2: Opa , tudo bem. E com você?
C1: Também estou ótimo. Mas me diga, e sua mulher já ganhou o bebê?
C2: Ahh sim, obrigado por perguntar. O bebê esta em seu quinto mês.

O tópico discursivo é o assunto do diálogo. Ele é parte estruturante da conversação, podendo ser explícito ou pressuposto. Apresenta as seguintes propriedades.

- Centração: o tópico é o conteúdo do discurso com a utilização de elementos explícitos ou inferidos onde os participantes colaboram para a interação do desenvolvimento textual.

- Organicidade: o tópico tem a relação seqüencial e hierárquica dos assuntos.

- Delimitação local: o tópico é caracterizado por início, desenvolvendo e finalização, porém nem sempre é claro. Há marcadores como pausas, hesitações, perguntas, paráfrases, etc.

Ex: C1: Não me diga que você já operou?
C2: Sim, operei. Ocorreu tudo bem durante a cirurgia.
C1: E o tempo de recuperação? Quanto será?
C2: Acho que daqui a um mês já posso voltar a trabalhar. Isso segundo o médico.

Os marcadores conversacionais servem para indicar elementos verbais, prosódicos e não-linguísticos no diálogo. Podem ser produzidos pelo falante e pelo ouvinte e garantem o desenvolvimento contínuo (seqüência linear) do discurso, a organização hierárquica do texto a fim de obter uma coesão, auxiliando no desenvolvimento do discurso.

Os marcadores verbais têm funções estruturantes, distribucional e funcional de organização do texto. São subdivididos em marcador simples ( somente uma palavra: interjeição, advérbio, verbo, adjetivo, conjunção, pronome, etc. Ex: agora. Aí, claro, então); composto ( é objetivo com tendência à permanência. Ex: então daí, aí depois, quer dizer, etc.); e oracional ( orações apresentadas nos diversos tempos e formas verbais e de orações. Ex: eu acho que, quer dizer, etc.).

Os marcadores prosódicos abrangem entonações (ascendente, descendente, constante), pausas (curtas, médias e longas e propiciam mudança de turno), tom de voz, ritmo, velocidade, alongamentos de vogais, etc. São de origem lingüística, mas não verbal apenas se junta a algum marcador verbal.

O Par adjacente é o elemento da interação. Ele organiza, controla as ligações das ações e pode ser o introdutor do tópico do discurso já que estão relacionados. Eles formam uma espécie de dobradinha na conversação (pergunta/resposta, pedido/concordância ou recusa, convite/ aceitação ou recusa etc). Segundo Fávero, “par adjacente e tópico discursivo estão intimamente relacionados, na medida em que a conversação se organiza por meio de tópicos e estes podem se estabelecer através de pares adjacentes”. (p. 50) Assim, quando levando em consideração a "dobradinha" pergunta e resposta perceberemos que estas não funcionam aleatoriamente e podem ser utilizadas como: Introdução de tópico (Começar a conversa ou um supertópico); Continuidade de tópico (sequência da conversa, que também pode ocorrer para pedir informação, confirmação ou esclarecimento, por exemplo); Redirecionamento do tópico (Quando se percebe uma digressão, uma pergunta pode fazer com que se volte ao assunto anteriormente discutido); Mudança de tópico (A pergunta como instrumento para a troca de um assunto que já possa ter se esgotado).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Musica O Caderno - Toquinho

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...

Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)

Como ainda estamos falando de alfabetização, resolvi postar a musica do Toquinho O Caderno que tem muito haver com o assunto. Quando criança (na faculdade nem tanto) o caderno me acompanhava em todos os lugares. Era caderno para ciências, para matematica, para desenho, para português, enfim, era caderno para tudo. Eles me ajudaram com caligrafia, a melhorar minha forma de escrita e na organização das idéias para formação de textos. Hoje eu nem uso muito e confesso que estou perdendo um pouco da habilidade manual da escrita por conta do uso em excesso do computador pra fazer os trabalhos. Tenho de rever isso.

Galera to postando um vídeo sobre alfabetização que vi no youtube, deem uma olhada. A tirinha do Calvin fala também um pouco sobre leitura. As vezes quando criança (ou na monografia) eu queria ler assim.